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Na transmissão de Paraná x Atlético, na Vila Capanema, domingo, um dos comentaristas da RPC fez referência à localização do estádio Durival de Brito e Silva, citando a  Rua Engenheiros Rebouças.

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Engenheiros. É, e teve gente, diante do televisor, que se espantou:

– Ué? No plural? Eu pensava que era um erro de quando da confecção das placas de rua…

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Engenheiros no plural porque se tratam de dois irmãos, Antônio e André Rebouças.

Da Bahia para o mundo

Conforme texto de João Cândido Martins, no site da Câmara Municipal, “se hoje Curitiba é a capital do estado do Paraná, tal fato se deve ao empenho e à perseverança de dois irmãos nascidos na Bahia, ambos engenheiros: Antônio e André Rebouças. Filhos de Antonio Pereira Rebouças, os irmãos tornaram-se engenheiros militares e chegaram a estudar na Europa, apesar das limitações culturais, políticas e econômicas impostas aos negros naquele período.

Ainda do site:

– Depois de trabalhar em obras públicas no Rio de Janeiro, André se torna um “voluntário da pátria” e segue para o conflito contra o Paraguai, no qual chegou a participar da Batalha de Tuiuti. Os dois irmãos sempre se esforçaram por apresentar projetos e soluções que visassem a melhoria das condições de vida da população, como foi o caso da distribuição de água no Rio de Janeiro. Sempre enfrentaram percalços de natureza burocrática ou preconceituosa (em razão do fato de serem negros).

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– Apesar disso, foram eles, por exemplo, os responsáveis por estudos e soluções técnicas que viabilizaram a construção da estrada de ferro que liga Paranaguá a Curitiba. Graças a ambos, o projeto que se reputava infactível, revelou-se promissor e Curitiba pôde reunir condições para tornar-se a capital do estado.

– Os irmãos Rebouças não participaram da execução das obras da estrada, mas elas foram realizadas entre os anos de 1880 e 1884. Ao longo de seu percurso existem pontes e túneis cuja precisão e ousadia atraem turistas de todo o mundo até hoje.

– A construção da estação ferroviária em Curitiba alavancou o desenvolvimento da cidade, que, até meados dos anos 80 do século XIX, não ia muito além da Rua Marechal Deodoro, então conhecida como Rua do Imperador. A nova estação, que teve a localização sugerida pela Câmara de Vereadores, fez surgir a Rua da Liberdade, posteriormente batizada como Barão do Rio Branco, cuja importância econômica só rivalizava com a Rua do Mato Grosso, atual Comendador Araújo.

Depois de ler o texto (na íntegra), professor Afronsius lembrou o velho bordão da TV Cultura, de São Paulo, utilizado nas transmissões de futebol:

– Esporte é Cultura.

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 ENQUANTO ISSO…