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Décimo terceiro presidente do Brasil, Washington Luís (1869-1957) propalava que “governar é abrir estradas”. E deu uma prova disso no dia 28 de agosto de 1928, ao inaugurar o que seria três anos depois a primeira rodovia asfaltada do país, a ligação entre o Rio, capital federal, e Petrópolis.

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É fácil imaginar as condições das estradas brasileiras naquela época, o que leva muita gente a garantir que foi a partir daí que começaram a aparecer frases em para-choques de caminhão, a filosofia dos irmãos da estrada.

Ou, como diria o Beronha, o Facebook sobre rodas.

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Para inglês ver

Sobre o assunto, a Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, pinçou um texto da edição de 17 de janeiro de 1999 da Folha de S. Paulo, assinado pelo historiador inglês Peter Burke, autor de A Arte da Conversação e História Social da Linguagem (Editora da Unesp).

No texto Na estrada da vida, revela que “lemas em caminhões não são exclusividade brasileira – podem ser encontrados na Argentina e no México também”.

No entanto, prossegue, “o repertório local pode ser lido como expressão da filosofia popular brasileira, ou pelo menos da subcultura dos caminhoneiros”. Em seu sentido restrito, “os lemas são frequentemente imagens de poder, natural ou animal, e assim por diante. Eles podem também expressar outros sonhos e identificações, variando de paraíso a malandro, ou outras reações, como felicidade e saco cheio”.

Para o historiador, “os lemas podem ser estudados como uma forma de arte popular, cujos temas principais são religião, amor, trabalho e moralidade”.

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E finaliza: “Os lemas certamente merecem mais estudo como forma de folclore urbano ou, melhor dizendo, interurbano”.

ENQUANTO ISSO…

 

 

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