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Novo ano, aqueles planos e projetos. Há quem os faça e leve a coisa a sério. Natureza Morta, pelo contrário, já descartou um dos projetos que elaborou no fim de 2010.
– Arquivei a ideia de uma reforma na mansão da Vila Piroquinha – explicou. A decisão foi tomada em função de uma série de depoimentos, todos coincidentes num ponto, independentemente do local ou tamanho da obra. É dor de cabeça pura.
Mais fácil localizar quem acertou 3 vezes na Loteria Esportiva do que achar alguém plenamente feliz depois de terminada a reforma do apartamento. Ou da casa. Plenamente porque a mexida foi concluída dentro do prazo.
– Prazo aprazado, muito bem aprazado, inclusive com papel passado – faz questão de destacar.
O que se tem é uma fatia de felicidade por ter sobrevivido. Contabilizados todos os atrasos de praxe.
– Suspeito até que a Torre de Babel não foi concluída porque se tratava de uma mera reforma.

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Possível saída

Depois de engolir entrevistas e mais entrevistas na TV com os chamados especialistas em gerenciamento de risco, o solitário da Vila Piroquinha até pensou em contratar os serviços de um. Para gerenciar o andamento da reforma. O risco – ou riscos. Desistiu. Risco por risco, “não arrisco nem petisco”.
Beronha, nosso anti-herói de plantão, também andou sondando a possibilidade de recorrer aos préstimos de um especialista de grande calibre, mas um 22 já serviria.
– Para ir até o boteco sem correr nenhum risco, de deslizes e presepadas – apressou-se em esclarecer.
De fato. Quase tudo vira um risco nessa época do ano. Na Vila Piroquinha, por exemplo, cerveja sofreu uma transmutação, passando a “precioso líquido”. Não se encontra.
– Nem quente muito menos gelada.
Explicação do titular do Bar VIP, aquele boteco que Beronha diz conhecer só de ouvir falar: desviaram a entrega periódica para abastecer as praias. Prioridade. Por aqui não restou nem para remédio.
– Nem para remédio? Essa eu ainda não conheço – lamenta Beronha.
Antigamente, quem ficava na cidade durante a temporada de verão integrava compulsoriamente o MSP – Movimento dos Sem Praia.
Hoje temos o MSPSC – Movimento dos Sem Praia e Sem Cerveja.
Viver exige, cada vez mais, um permanente gerenciamento de risco (s).

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ENQUANTO ISSO…