Sobre o tal horário de verão, há quem recorde uma grande sacada no momento de adiantar o relógio. E, por supuesto, independentemente do horário de verão. Nos velhos tempos dos jornais, mas, no caso, O Estado do Paraná, ainda com as máquinas de escrever freneticamente acionadas, o fechamento da edição era um tormento. Diário.
Havia, por supuesto, os chamados “velhos atrasadores de jornal”. Alô, Valdir, tudo bem?
A circulação exigia pontualidade quase britânica. Eram duas edições, a edição estadual e a de Curitiba e região. Havia a distribuição de jornais com frota própria e também despachos e redespachos para cidades do interior, com a utilização de ônibus de linha. Afinal, era preciso trabalhar rápido para, por exemplo, chegar a Foz do Iguaçu o mais cedo possível.
Vai daí que um certo editor-chefe teve uma ideia que se revelaria brilhante ao observar o grande relógio afixado no fundo da redação, no alto, em ponto bem visível.
Maquiavelicamente, e com ajuda do chefe da composição (o Marcão), adiantou o relógio meia hora. Assim, ou mesmo assim, continuou pressionando os repórteres e editores quanto ao cumprimento do horário de fechamento:
– Estamos atrasados! Vamos lá ou perderemos os ônibus!
Trabalhando com uma folga de meia hora, as coisas entraram definitivamente nos eixos. Finalmente, o pessoal da impressão, distribuição, assinatura e do departamento comercial deixou de pegar no pé da redação.
Mas o troféu Velho Atrasador de Jornal, de posse transitória, concedido mensalmente, não pôde ser aposentado. De O Estado do Paraná foi para a Gazeta. Não é, RG? Rogério Galindo…
ENQUANTO ISSO…
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