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Intolerância F. C.

Houve época em que as reivindicações dos trabalhadores eram tratadas como caso de polícia. Ou seja, polícia descendo o cassetete para dispersar qualquer manifestação.

Hoje, pela reação de parte dos torcedores, professor Afronsius teme que, numa próxima rodada do Brasileirão, a polícia invada o gramado e ponha os jogadores pra correr. Correr antes do jogo.

Não bastassem os cartolas…

Domingo passado, alguns desses torcedores, confortavelmente instalados diante do televisor, cerveja bem gelada à mão, vaiaram e xingaram os jogadores que, integrando o Bom Senso F. C., participaram de mais uma manifestação.

Um deles, no Bar VIP da Vila Piroquinha, chegou a bradar:

– Vagabundos! Ganham um dinheirão e ficam aprontando…

Foi uma volta, inconsciente, ao passado, quando jogador de futebol era visto como marginal, desocupado, ou como não tivesse uma profissão.

O fato é que o movimento do Bom Senso F.C., para beneficiar não apenas os atores principais do espetáculo, continua ganhando corpo. Pena que, como lamentou o goleiro Rogério Ceni, um dos líderes do Bom Senso, demonstrou impaciência com a falta de “respostas claras” da Confederação Brasileira de Futebol às reivindicações dos jogadores.

– Às vezes, a CBF se faz de boba. Se quem manda não está pensando, nós estamos fazendo a nossa parte. Se continuar com esse descaso, não sei onde isso vai parar.

Para Natureza Morta e Beronha, não apenas a auto-suficiência e a irresponsabilidade dos cartolas são motivos de preocupação. Há outro time, o Intolerância F. C. Ou seria Intolerância E. C.? Esporte clube parece cair melhor.

– A desinformação de torcedores que não enxergam além do gramado, ou da tela da televisão, também assusta. Coitada da galinha dos ovos de ouro.

ENQUANTO ISSO…

26 novembro

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