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No sábado de Aleluia, mantendo a tradição, Beronha e Natureza Morta trataram de malhar o Judas. Mas reclamaram de uma coisa:

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– Antigamente era mais fácil escolher um candidato a Judas. Quase sempre por unanimidade. Hoje, eles, eles são tantos…

E, sobre a origem da “malhação ou queimação” do Judas, professor Afronsius recorreu ao Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luis da Camara Cascudo, autor também de Superstição no Brasil.

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Moradores locais

A prática de queimar ou despedaçar bonecos de pano ou palha era muito popular na Península Ibérica e “radicou-se em toda América Latina desde os primeiros séculos da colonização europeia. (…) Certamente o Judas queimado é uma personalização das forças do mal e constituirá vestígio dos cultos agrários, espalhados pelo mundo”.

“Era costume fazer o julgamento do Judas, sua condenação e a execução. Antes do suplício, era lido o testamento do Judas, escrito em versos, de caráter humorístico e fazendo alusão aos moradores locais.” Aos poucos banida das cidades, a tradição permaneceu nos bairros mais afastados e arrabaldes, finaliza Camara Cascudo.

– Arrabaldes? O que vem a ser isso? – quis saber Beronha, nosso anti-herói de plantão.

– Tem boteco por lá?

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ENQUANTO ISSO…