Ele nasceu no dia 15 de agosto de 1195, em Lisboa, e morreu em Pádua no dia 13 de junho. Mas continua mais ativo do que nunca. É o Santo Antônio, ele mesmo, o mais casamenteiro entre os santos. Ou seja, na quinta-feira, seu dia, muita gente estará batendo à sua porta. Professor Afronsius comentou o assunto porque leu em algum lugar uma série de receitas para pedidos ao santo.
E ficou sabendo que os “requerimentos” (neste termos o signatário pede deferimento) vão de como conquistar um coração a descobrir se falta muito para o casamento, passando pela solicitação “como descobrir o nome do verdadeiro amor”.
– E aí haja cupido para atender. Mais acionado do que motoboy de disque-pizza no fim de semana à noite – emendou Natureza Morta.
Beronha na parada:
– Cupido? Não conheço esse motoboy, conheço, isso sim, o Uruguaio, que faz entregas trabalhando para um restaurante.
Um caso a conferir
Cupido, tratou de explicar o professor Afronsius, que também ganhou fama como Amor, era, em Roma, uma divindade equivalente a Eros, o deus grego. Filho de Vênus e de Marte, este igualmente muito invocado atualmente, posto que é o deus da guerra, o Cupido andava de arco e flecha. Alerta para acertar na mosca, ou melhor, no coração de homens e deuses. Teve um caso muito rumoroso com uma tal de princesa Psiquê, a deusa da alma.
Há controvérsias quanto ao resultado do imbróglio. Natureza preferiu não opinar, lavando as mãos:
– Não leio a Caras.
Assuntos correlatos
Beronha, nosso anti-herói de plantão, voltando aos pedidos a Santo Antônio, quis saber se o santo atenderia assuntos paralelos, ou correlatos:
– Terei restituição do Imposto de Renda? Vou acertar na Mega-Sena acumulada este ano?
– Santo Antônio não trata desses temas, não faz sentido.
– Ué, mas é pra arrumar casamento… Com a cara e a fama que eu tenho, só mesmo com o bolso cheio, mergulhado na bufunfa. Aí posso até ser capa da Caras.
– Nem da Caras nem da Bundas, aquela revista do Ziraldo, que circulou em 1999, Editora Pererê. E olha que tinha colaboradores de peso, caso de Jaguar e Millôr Fernandes. No lançamento, foi anunciada como “a revista que é a cara do Brasil”. Mais: “Quem mostra a bunda em Caras não mostra a cara em Bundas”.
ENQUANTO ISSO…
