Sobre os 50 anos do golpe civil-militar de 64, vale a pena ler – ou mesmo reler – Uma Tribo e Suas Trilhas Num Sindicato/Concepção de Sindicato Entre Jornalistas, de Emerson Castro, 2007, Editora Pos Escrito.
Ele nos remete, embora o foco principal seja o Paraná, aos longos preparativos do golpe. Golpe civil-militar. Traz, por exemplo, coisas como o ANG – American Newspaper Guild – e a FIOPP – Federação Interamericana de Organizações e Profissionais de Imprensa. Esta, criada em 1961, decorre da outra, bem anterior. Com financiamento da CIA – a Agência Central de Inteligência dos EUA – o objetivo era “patrulhamento ideológico radical e violento contra os que se conduzem por um liberalismo aberto e um sindicalismo autenticamente político”. Ainda sobre o livro do jornalista Emerson Castro, o Paraná foi um considerável campo de batalha.
Os velhos e novos “cães de guarda”
Prometendo voltar ao assunto, professor Afronsius recorreu ainda à historiadora Beatriz Kushnir. Diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, ela apresentou no ano passado um painel à Comissão da Verdade de São Paulo (“A imprensa que colaborou com a ditadura”).
Beatriz é autora de outro um livro imprescindível sobre o golpe civil-militar de 64: Cães de Guarda – jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988. Lançado em 2004, pela Boitempo Editorial, mostra documentalmente que muita gente ainda tenta esconder.
Meio século depois.
ENQUANTO ISSO…