A velha e conhecida exclusão. Onde há teto, proliferam os sem-tetos. Vai daí que, ao ler matéria da revista Carta Capital sobre os sem-tetos do Tio Sam, professor Afronsius ficou sabendo que, sob as estrelas do Havaí, as autoridades do balneário acusam outros estados norte-americanos de “exportar” miseráveis – ou estorvos, para citar Chico Buarque. A reportagem assinada por Cleide Klock, de Honolulu, traz vários exemplos. “Dos 17 mil moradores de rua, 43% são brancos nascidos nos EUA. Muito deles saíram da Califórnia e Detroit” – Detroit, aliás, que recentemente decretou falência.

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Além disso, há outros milhares de sem-teto oriundos da Micronésia.

– Micronésia? – interveio Beronha, espantado.

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Sim. Ilhas de triste fama pelos testes nucleares das grandes potências, “entre elas os EUA, que lá deixaram um rastro de destruição e contaminação”.

Rumo à Micronésia

O jeito foi recorrer a uma pesquisa: os Estados Federados da Micronésia, originalmente Federated States of Micronesia, formam uma nação insular, formada por 607 ilhas que se espalham pelo arquipélago das Ilhas Carolinas, no Pacífico. O país fica a leste das Filipinas e a norte da Papua Nova Guiné.

Um Estado soberano em livre associação com os Estados Unidos, desde 1986.  É composto por quatro principais grupos de ilhas: Chuuk, Kosrae, Yap e Pohnpei, onde localiza-se a capital Palikir –  ou Paliquir.

Laboratório do Dr. Fantástico

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Sobre os testes nucleares, não dá para esquecer o Atol de Bikini. Entre 1946 e 1958, as 23 ilhas que compõem o atol foram transformadas num laboratório para a III Guerra Mundial: os Estados Unidos realizaram 66 testes nucleares no local. A barreira de corais que cerca as ilhas ficou arrasada.

Ainda sobre pesadelos e delírios, não dá para deixar de citar Dr. Fantástico (Dr. Strangelove), filme de Stanley Kubrick, 1964, com Peter Sellers no papel principal. Aquele mesmo, cuja mão insistia, a qualquer descuido dele, o doutor, em atacar a jugular para eliminá-lo.

ENQUANTO ISSO…