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Lembrando esquecimentos

CV. Nada a ver com o grupo da guerrilha urbana que atormentou a população de algumas capitais. CV quer dizer cabeça de vento. No caso, Cabeça de Vento. Apelido de um amigo do Beronha, o Anésio, também chamado de Amnésio – por motivos óbvios.
Certa vez, o nosso anti-herói de plantão não lembra quando, CV fez uma pequena compra depois de perguntar se aceitavam cartão. Na hora de pagar, cadê o cartão. Tinha esquecido em casa – “em algum lugar de casa”. Mas, como também aceitavam cheque, sacou o talão, que não estava junto à carteira, mas no outro bolso.
– Quanto mesmo que deu a despesa? – perguntou, pela quinta vez, aliás.
Preencheu o cheque e quis saber qual era o dia.
– 12? Perfeito.
Diante da impaciência do lojista, nova pausa.
– Qual a dúvida?
– Em que cidade mesmo nós estamos? Curitiba? Ah, sim, obrigado. Vou colocar o número do telefone. Um minuto. Tenho anotado aqui, em algum desses papeis da carteira…
Para variar, consta que o cheque bateu na trave. Total ausência de fundo.

Dependendo do flashback

De outra feita, Anésio, ou Amnésio, fez uma ligação telefônica. E foi para casa. Quadras e quadras depois, cadê a carteira? Voltou ao orelhão: a carteira estava lá, bela, formosa e intocada. Ao retirar o cartão, colocou a dita cuja em cima do aparelho telefônico. E tchau.
– Sorte que era noite. À noite, na Vila Piroquinha, a turma, que evita sair de casa, evita muito mais marcar bobeira no orelhão no escuro.
Como consegue sobreviver um sujeito que, como diz Natureza Morta, voltando aos antigamente, um cidadão que só não perde a cabeça porque ela está colada?
– Graças ao meu flashback. Quando dou falta de algum pertence, lembro e aciono o dito cujo. É tiro e queda: vêm as imagens e volto à cena do infausto acontecimento (sic).

Chegamos ao máximo

Ainda sobre a arte de sobreviver esquecendo coisas pelo caminho, o professor Afronsius contou que isso também ocorre com ele. Tanto que carrega caneta e papel no bolso mais próximo.
– Para anotações.
Aliás, uma delas é incrível. Mostra a que ponto chegamos no fantástico mundo pet. Uma folha de papel, colada a um orelhão, anuncia: “Domestico animais exóticos”.
– Animais exóticos? – interessou-se o solitário da Vila Piroquinha.
– Exatamente. Animais exóticos.
– Será que aceitam um Tiranossauro Rex, um Petrobrasaurus Puestohernandezi ou piranhas do Pantanal?
– A conferir. Já que hoje tudo é possível…

ENQUANTO ISSO…


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