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Mais frases, para encerrar
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Prosseguindo com as pequenas grandes frases coletadas por Natureza Morta, tomemos fôlego – e vamos em frente.
James Baldwin, no livro Da Próxima Vez, o Fogo – Racismo nos EUA, 1967, com prefácio de Paulo Francis:
– O negro é verdadeiramente uma figura exponencial em seu país, e dele depende o futuro da América do Norte. A cor não é uma realidade humana ou individual; é uma realidade política.
Tem mais:
– E o negro reconhece essa verdade, embora de uma forma negativa, donde a questão: quereis realmente ser reintegrado num prédio em chamas?
Em O Juiz e seu Algoz (ou Carrasco, conforme a edição das que foram lançadas no Brasil, uma delas de 1964, da Editora Globo, de Porto Alegre), Friedrich Dürrenmatt coloca na boca do comissário Barlach, que se dirige a Gastmann, o assassino:
– Não pude entregar-te à justiça pelos crimes que praticaste, mas agora te entregarei por um que não cometeste.

Sobrou para o João

De volta à literatura brasileira:
– Sem a sua companhia foi até melhor. Bebemos e rimos bastante. Aí está a nota da despesa.
De João Ternura, Aníbal Machado, 1965, José Olympio Editora.
Comentário de Ternura:
– Ah, danadas.
Mais Aníbal Machado, ou João Ternura, tanto faz:
– Antigamente não era assim: o tempo quase parava. Na frente… Esperando a gente… Pronto para os acontecimentos!… Mal se ouvia então o barulho dos dias, o fechar das noites. Isso antigamente…
Outra. Bêbado no beco:
– Abaixo a lóoogica!
De Gregor Samsa ao despertar, em Metamorfose, Franz Kafka, 1963, Editora Civilização Brasileira:
– Que tal, se eu dormisse mais um pouco e esquecesse toda esta estupidez?
Para encerrar (por ora), a bronca de Mao Tsé Tung:
Segundo o jornalista Sandro Moreyra, na célebre brincadeira, em 1949 João Saldanha seguia o líder chinês tão de perto, na famosa Marcha, que pisou no calcanhar do camarada Mao. Este se virou e bronqueou:
– Pôla, João!
(Está no livro João Saldanha – Uma vida em jogo, de Iki Siqueira, Companhia Editora Nacional, 2007).

ENQUANTO ISSO…


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