– Coitada da rainha e seus vassalos…
O comentário partiu de um turista brasileiro, aliás, marinheiro de primeira viagem em se tratando de visita à Inglaterra, ao percorrer do Castelo de Windsor, o refúgio de férias da Rainha Elizabeth II.
É que, por conta do Aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo, o barulho de aeronaves em voos a baixa altitude é constante naquele área. A vizinhança que aguente.
– Até parece o Afonso Pena, acrescentou outro turista, agora de Curitiba, por supuesto.
Não dá para comparar – ainda e por enquanto – o sobe e desce de aviões no Heathrow com o do Afonso Pena. Mas, como barulho é barulho, este também incomoda. Ou perturba.
E há quem garanta que um dia chegaremos lá. Afinal, o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, foi eleito este ano o terminal com mais facilidades ao passageiro no Brasil, conforme o prêmio Aeroportos + Brasil, promovido pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC). A escolha foi feita por quase 65 mil passageiros, que, ao longo de 2014, escolheram os melhores aeroportos em nove categorias.
Por ora, o que temos de igual ao Heathrow é o som penetrante das turbinas. Fazer o quê, se nem a rainha, com seus nobres privilégios, escapa disso?
“Culpa” de névoa constante
O Afonso Pena foi construído em 1944. Com uma função específica, ser utilizado como aeródromo militar na então Colônia Afonso Pena, município de São José dos Pinhais. A iniciativa partiu do governo norte-americano, com o apoio do então Ministério da Guerra do Brasil. Uma decisão estratégica.
Com a II Guerra Mundial correndo à solta, serviria, caso necessário fosse, para que os aliados enviassem aviões para combater no Atlântico Sul. Alvo: submarinos e navios da Alemanha nazista.
Engenheiros militares americanos escolheram a região da Colônia Afonso Pena a dedo. Ou por sobrevoos: a constante formação de névoa servia de camuflagem contra qualquer ataque. Ou seja, militarmente perfeito na época. Hoje, a guerra é outra…
ENQUANTO ISSO…
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