– Não está fácil. E tende a piorar.
O comentário do professor Afronsius veio depois de conferir, “por cima”, o noticiário do dia da BBII – briosa, brava e indormida imprensa.
No bate-papo com Natureza Morta e Beronha, este só urubuservando, citou alguns episódios que lhe saltaram à vista.
Um dia de cão
Em um prédio comercial de Phoenix, Arizona, uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas em (mais um) tiroteio. O suspeito foi identificado como um homem de 70 anos, “que não parecia ter atacado ao acaso”.
Depois, o professor Afronsius leu sobre a queda da grade no espaço da geral do Grêmio, na nova Arena, que feriu oito pessoas quando da partida contra a LDU.
“O fato de a Arena ter apenas laudos provisórios pode contribuir para uma nova proibição da comemoração conhecida como avalanche”. Antes da inauguração, em dezembro, a Brigada Militar gaúcha e Corpo de Bombeiros pediram que tal manifestação da torcida fosse proibida.
– Talvez achando que era coisa de algum colorado, o Grêmio recorreu e conseguiu a liberação, colocando gradis na metade superior do espaço. Não foi suficiente.
Mais um dia de cão
Ontem, e pelo segundo dia consecutivo, um cachorro invadiu a pista da Ponte Rio-Niterói. Os dois sentidos foram interditados para o resgate do animal… ops! Ou melhor, resgate do pet. Ainda bem que a captura do bicho, ou melhor dizendo, do pet, não demorou muito e as pistas foram liberadas em poucos minutos.
Na quarta-feira, um cachorro vira-lata… retificando, um pet vira-lata também invadiu a pista da Ponte e fechou a via por 4 minutos. O pet não foi resgatado.
“Ele mesmo retornou por livre e espontânea vontade (sic) a Niterói”.
Em outubro do ano passado, uma cadela, ou melhor, uma “menina”, tinha fechado a Ponte Rio-Niterói por uma hora e meia. O animal, ou melhor, a “mocinha”, de apelido “Carminha”… Refazendo: a “mocinha”, de cognome “Carminha”, personagem da Adriana Esteves em “Avenida Brasil”, pelos transtornos que causou, acabou encaminhada para a Sociedade União Internacional de Proteção aos Animais (Suipa).
“A comoção que causou foi tão grande que, um dia depois, já havia mais de 10 pessoas interessadas em adotá-la”.
O desconcertante José
Em Brasília, um caso surpreendente (nos dias de hoje): o funcionário público José Evandro Belarmino de Farias levou um susto quando o filho adotivo apareceu com R$ 12 mil embrulhados em papel de presente. O dinheiro foi encontrado no quintal da casa, no bairro Cruzeiro Velho.
Mesmo sabendo que a bolada poderia ajudá-lo a quitar dívidas, o cidadão decidiu ir à delegacia.
– Não tinha porque ficar com ele, esse dinheiro não é meu. Eu ainda não sei como veio parar aqui, não sei se seria um presente para mim ou qualquer outra coisa, mas achei que o certo era entregar para a polícia. Não quis nem mexer.
A “vontade de fazer a coisa certa superou até os pedidos do filho, de 13 anos, para comprar um computador e o desejo de trocar o carro da família, que tem 14 anos e está avaliado em R$ 8 mil”, segundo o noticiário de ontem.
– Talvez nem tudo esteja perdido…
Deu para ouvir três toques na madeira – com a dobra do dedo.
ENQUANTO ISSO…
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