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Agosto, mês do desgosto. É o que muita gente diz e acredita, batendo três vezes na madeira. No livro Superstição no Brasil, Editora Itatiaia, 1985, Luis da Câmara Cascudo, depois de se desculpar pela “tentativa de elucidação das origens” (“a imaginação não colaborou, mas os exemplos foram lidos ou vividos no ambiente em que viveu o autor”), escreve sobre o medo e os medos, como o de “passar debaixo da escada”.

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Cita Joaquim Nabuco. “Não era supersticioso, mas não passava por debaixo de uma escada”. Nem ele nem o Barão do Rio Branco ou o dr. João Pessoa, presidente da Paraíba, ministro do Supremo Tribunal Militar.

Na França, Bélgica, Holanda, Península Ibérica, Itália, “passar debaixo de uma escada é atrair a pena de enforcamento. A escada sugere o cadafalso, o estrado do patíbulo”.

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Quanto a ele, Câmara Cascudo revela que, durante o “retelhamento em nossa casa, notei que meu pai se arredava de uma escada de pedreiro, encostada à parede. Era meia novidade para mim”.

– Por que não passa da escada, meu pai?

– O “mestre” é velho e pode largar uma telha em cima da minha cabeça!…

Conclusão: meras superstições ou não, é aconselhável não dar chance para o mau agouro.  Em qualquer mês do ano.

ENQUANTO ISSO…

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