Já passou o tempo, felizmente, em que ao preencher uma ficha com dados pessoais, a mulher, no item “profissão”, invariavelmente declarava “do lar”. O professor Afronsius tocou no assunto por dois motivos: ao circular por Curitiba, eis que, na Avenida João Gualberto, ao passar um “vermelhão” da linha Capão Raso-Santa Cândida, o que lhe chamou a atenção foi o motorista: uma mulher.
– Muito bom, muito bom.
Ao concordar com o vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, Natureza Morta acrescentou:
– E olha que o biarticulado pesa 40 toneladas e transporta até 250 passageiros.
De longo curso
O segundo motivo da satisfação do professor Afronsius: já temos a primeira capitã de longo curso. Pelo que noticiou a BBII (briosa, brava e indormida imprensa), o navio Rômulo Almeida é comandado por Hildelene Lobato Bahia que, aliás, tem Vanessa Cunha como imediata. E, como de capitã de longo curso, Hildelene está habilitada a comandar qualquer tipo de navio.
Com 183 metros de comprimento, o Rômulo Almeida é a quarta embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).
Do Fusca à Ferrari
Feliz da vida, a capitã Hildelene declarou ter saído de um fusca para uma Ferrari. A Ferrari, no caso, é o Rômulo Almeida. O fusca, o navio Carangola, que lhe deu o primeiro comando, isso em 2009.
Construído no Estaleiro Mauá, em Niterói, o Rômulo, com capacidade para 56 milhões de litros de combustíveis, será utilizado no transporte de derivados claros de petróleo, como gasolina e diesel, conforme a Transpetro.
Encerrando o bate-papo, Natureza citou, como mera curiosidade, um filme de 1959, de Blake Edwards: “Anáguas a bordo” (Operation Petticoat), no qual, embora em tom de comédia, Cary Grant e Tony Curtis, no comando de um submarino americano no início da Segunda Guerra Mundial, são obrigados a transportar cinco enfermeiras.
Como à época predominava a todo vapor (sem trocadilho) o espírito “clube do Bolinha”, cria-se o maior desconforto entre os marinheiros.
ENQUANTO ISSO…