Feliz Natal, próspero ano novo. Muita paz. É o que mais se ouve por aí. Natureza Morta concorda com os votos de paz, principalmente depois de ler um breve relatório sobre o poder nuclear de hoje e sua distribuição pelo mundo dito civilizado.
Mesmo sem entender do que se tratava, Beronha concordou:
– Comigo, só bombinha de São João, traque de vez em quando e buscapé raramente.
Sobre o perigo nuclear, nosso anti-herói de plantão ficando sabendo por intermédio do solitário da Vila Piroquinha que os Estados Unidos dispõem de 4.075 ogivas, mas quem lidera é a Rússia, com 5.192. A Grã-Bretanha conta com um arsenal de 192, perdendo para a França (300) e Israel (200). A China aparece com 176, o Paquistão com 15 e a Coreia do Norte com duas ogivas.
Permanece o alerta de Albert Einstein. Disse ele que não sabia quando será a terceira guerra mundial, mas tinha certeza de uma coisa:
– Na quarta os homens lutarão apenas com paus e pedras.
A primeira
Sobre a Primeira Guerra Mundial, a seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, levantou que, em seu início, dia 28 de julho de 1914, o Brasil era neutro. Rui Barbosa, favorável ao serviço militar obrigatório, defendia uma reação enérgica contra a Alemanha, cujo “patriotismo” poderia ser traduzido por “interesses econômicos”. Em 1916, o Brasil permanecia neutro. Até que, no dia 3 de abril do ano seguinte, o navio Paraná foi afundado na costa francesa.
Depois, foram colocados a pique os navios Acari, Lapa, Tijuca e Macau. No dia 26 de outubro, o governo brasileiro saiu de cima do muro, decretando estado de guerra.
A compensação
Demorou quase um ano, no entanto, para que o país – o único sul-americano a se envolver no conflito – tomasse parte da guerra de modo efetivo. No dia 18 de agosto de 1918, uma missão médica, com 100 profissionais, seguiu para a Europa. Um grupo de pilotos partiu para a Inglaterra e foi incorporado pela Real Força Aérea. A Marinha iniciou o patrulhamento do Atlântico e enviou algumas unidades para se juntar à frota britânica no Mediterrâneo, no dia 9 de novembro de 1918. No dia 11, porém, era assinado o armistício.
Na Conferência de Paz de Paris, que deu origem ao Tratado de Versalhes, o Brasil obteve duas compensações: o pagamento com juros pela Alemanha do café que afundou com os navios mercantes (cerca de 125 milhões de marcos) e a incorporação de 70 navios alemães apreendidos em portos brasileiros.
Final (muito) badalado
Mas, notável mesmo, como classificou a imprensa da época, foi a comitiva que se acoplou à delegação brasileira para a Conferência de Paz, chefiada por Epitácio Pessoa: todo mundo levou mulher, filhos, parentes, assessores, convidados e acompanhantes. O Tesouro Nacional pagou tudo, é claro.
O grupo quase lotou o navio que partiu do Rio de Janeiro no dia 2 de janeiro de 1919.
Sobre o turismo e as compras em Paris não há registro quanto às despesas.
ENQUANTO ISSO…
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