No meio do sururu

As coisas andam confusas, pior que propositadamente confusas, tiroteio pra todo lado. De certa maneira, remetem a um livro de contos, de Ledo Ivo, Difel – Difusão Europeia do Livro -, 1961. Título: Use a Passagem Subterrânea.

Assim, professor Afronsius, além de desenterrar o livro, sacou do fundo do baú uma piada. Um jornalista estrangeiro, cobrindo a vivo uma guerra de guerrilhas num determinado país (distante), início da guerra fria, topou com um sujeito armado até os dentes.

Quis saber:

– Qual grupo você pertence?

– Nenhum. Trabalho por conta.

Nesse sentido – a passagem subterrânea -, tem o caso do boteco, domingão de Atletiba. Alguém chega e, intimidativo, investida claramente provocadora, quer saber de um pacato cidadão sentadinho num canto:

– Quê time você torce?

– CAP. (brevíssima pausa) Clube Atlético Primavera.

De outra feita, maior sururu na pensão. Alguém chega e é bloqueado no caminho por um desconhecido:

– Qualé a sua?

– Não sei de nada… Só vim entregar uma encomenda.

No mais, como diria um personagem do filme A Testemunha, “cuidados com os ingleses“.

ENQUANTO ISSO…