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Nos tempos do João do JB

Consumidor inveterado (ou invertebrado, como ele mesmo se autodefine) de leite condensado (“melhor que ele só maria-mole e capilé com água”), Beronha quis saber “quem foi o gênio” que inventou o produto.

Ao contrário de recorrer à internet (“vade retro, Satana!”), professor Afronsius apelou para o João, no caso repousando num recorte da seção Pergunte ao João, do velho Jornal do Brasil.

– Trata-se de produto resultante da remoção parcial de água do leite. Quem teve a ideia foi Nicolas Appert, na França, em 1820. Oito anos depois, outro inventor francês, Malbec, aplicou o método ao leite fresco de vaca. Surgiria assim o leite condensado. E a nova forma de tratar o leite rompeu fronteiras e chegou aos Estados Unidos, onde um inventor, Gail Borden, tratou de patentear o método, em 1856.

O lado doce da guerra

Com a Guerra da Secessão (1861-1865), o consumo do leite condensado disparou. Uma maneira genial de preservar os estoques de leite e reduzir o volume, contornando a, por supuesto, falta de refrigeração. O novo produto não mereceu muita atenção, até que, com o início da Guerra da Secessão, o exército dos estados do Norte tratou de incluir o leite condensado na cota de ração destinada às tropas. A partir daí, os soldados, quando voltavam para casa, de licença ou já dispensados do serviço militar, falavam e falavam sobre o tal leite diferente. Um sucesso (comercial) que perdura até hoje.

Beronha:

– Tudo isso só para ficar numa latinha tão mixuruca?

Ele, nosso anti-herói de plantão, devora duas toda noite, antes de ir para o berço.

ENQUANTO ISSO…

 

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