Por conta do feriado, Beronha não apareceu para o dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha. Mandou, porém, um recado:
– Pernas pro ar que ninguém é de ferro.
Poderia, pelo menos, se dar ao trabalho de apontar o autor, comentou Natureza Morta, aproveitando para citar Ascenso Ferreira e passar o recado completo do poeta:
– Hora de comer — comer! Hora de dormir — dormir! Hora de vadiar — vadiar! Hora de trabalhar? — Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
A luta do trabalho
Aproveitando a deixa do nosso anti-herói de plantão, Natureza Morta e o professor Afronsius comentaram a origem do Dia do Trabalho, que, aliás, é comemorado nos Estados Unidos no dia 3 de Setembro. O Labor Day.
Criado em 1889, por um congresso socialista em Paris, o Dia Mundial do Trabalho reverencia a greve geral que ocorreu em Chicago, no dia 1.° de maio de 1886. Principal centro industrial do país, a cidade virou palco de violenta repressão às manifestações de operários, que reivindicavam melhores condições de trabalho.
A jornada de trabalho era de 13 horas. Por conta de passeatas e piquetes, houve prisões, feridos e até morte diante da fábrica MacCardick.
Pelo que representou na luta dos assalariados pelos seus direitos, o dia 1.º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
O Brasil comemora a data desde 1895. Virou feriado nacional em setembro de 1924, mediante decreto do presidente Artur Bernardes.
Aproveitando o conselho do poeta, o solitário da Vila Piroquinha e o professor Afronsius encerraram a conversa mais cedo.
Ninguém é de ferro.
ENQUANTO ISSO…
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