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O décimo terceiro no 13
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Pelo que ouviu dizer, já que evita todo e qualquer tipo de aglomeração, Natureza Morta ficou sabendo que a corrida às compras natalinas está batendo recordes.
– O primeiro deles é o recorde em matéria de fila para chegar ao caixa do supermercado – completou Beronha.
Compra-se de tudo. Há, inclusive, promoções com “chocolates natalinos”. Temos por trás da algaravia dos fregueses o já conhecido décimo terceiro salário.
Estima-se que o benefício pago aos trabalhadores vai injetar R$ 118 bilhões na economia do país, o que equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
Pela projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a economia paranaense será regada com R$ 6,3 bilhões, algo em torno de 2,64% do PIB estadual – aproximadamente 34,7% da região Sul.
Uma festa, ou gastança, como prefere nosso anti-herói de plantão.
A respeito do décimo terceiro, o solitário da Vila Piroquinha até arriscou um comentário:
– É tão bom que os nossos nobres deputados estaduais criaram o 14° e o 15° salários…

Nos idos de 1962

Segundo a seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, o dia 13 de julho de 1962 foi um dia de sorte para os trabalhadores: atendendo antiga reivindicação, o governo instituía o 13° salário, tornando obrigatório seu pagamento a todos os empregados, com exceção dos servidores públicos.
Três anos depois, possibilitou o parcelamento. Metade deveria ser paga de uma só vez, entre os meses de fevereiro e novembro. Em 1968, novas alterações: o 13° passou a atender todo o trabalhador urbano ou rural e os empregadores deveriam efetuar o pagamento até o dia 20 de dezembro. Os servidores públicos continuavam de fora.
– Eu adoro o décimo treze – comemora Beronha, embora nunca tenha trabalhado na vida.

ENQUANTO ISSO…


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