Moe, Larry e Curly. Quem lembra? Ou, facilitando mais as coisas, Os Três Patetas. Quem lembra? The Three Stooges dos filmes americanos, aqui ficaram famosos como Os Três Patetas, enquanto, em Portugal, fizeram sucesso como Os Três Estarolas.
O trio, que se manteve em atividade até 1970, na base da comédia pastelão, foi citado nesta semana na revista Carta Capital. Quem diria, não é? E não foi em texto sobre cinema, mas numa página de economia, assinada por nada menos que Paul Krugman, Nobel de Economia de 2008.
É que, abordando o otimismo (alarmante, segundo ele) quanto às perspectivas econômicas dos Estados Unidos para 2014, Krugman trouxe à cena Moe, Larry e Curly. Transcrevo:
– Deixem-me tornar a situação ainda mais alarmante, dizendo que eu compartilho esse otimismo. Por quê? Por causa do efeito Três Patetas: se você esteve batendo a cabeça na parede sem um bom motivo, se sentirá muito melhor quando parar.
O combate à pobreza e a heresia
Depois, falando sobre o 50º aniversário da Guerra à Pobreza do presidente Lyndon Johnson, fulmina: “Os EUA são muito mais ricos do que em 1964, mas pouco ou nada do aumento da riqueza foi transferido aos trabalhadores na metade inferior da distribuição de renda”. O problema, frisa, “é que a direita continua nos anos 1970. Sua noção de uma agenda anti-pobreza tem a ver com botar preguiçosos para trabalhar e deixar de viver à custa do Estado”.
Para o Nobel de Economia, “a ideia de ajudar os pobres continua sendo heresia”.
ENQUANTO ISSO…