Não muito tempo atrás, analistas da Opep alertaram para o fato de que a queda do investimento – devido aos preços baixos – poderia pôr em perigo o futuro abastecimento de petróleo devido à quebra da descoberta e das explorações de novas jazidas.
Aí, há quem tenha recordado a velha luta para a criação da Petrobras. Luta que ganhou força em 1946, em defesa da soberania brasileira sobre o recurso natural. Sete anos depois surgiria a Petrobras. E agora, em defesa do pré-sal, nosso amigo não resistiu: recorreu ao velho grito de guerra:
– O monopólio integral do petróleo pela Petrobras é imperativo de segurança nacional.
Afinal, para um país que não teria petróleo, isso mesmo, avalia-se que disponha entre 70 e 100 bilhões de barris equivalentes de petróleo e gás natural mineral. Assim, poderá se tornar grande exportador de petróleo.
Quando aos interesses de fora, basta lembrar que, anos 1960, o futurólogo Hermann Khan, do Hudson Institute, de Nova Iorque, e a serviço do Departamento de Estado norte-americano, defendeu para o Brasil do futuro um caminho: o Projeto dos Grandes Lagos Amazônicos.
Petróleo? O Brasil não teria um pingo. Isto posto, as áreas pesquisadas seriam mais indicadas para o plantio de eucaliptos, afirmou o badalado futurólogo.
Mas, como viver é perigoso, para todos os lados, o tempo passou rapidamente e uma das respostas brasileiras veio em tom de piada, cutucando os gringos do Departamento de Estado e os entreguistas nativos:
– Quantos barris de eucalipto a Petrobras vai mesmo produzir por dia?
ENQUANTO ISSO…