Foi no dia 19 de novembro de 1969, uma quarta-feira, precisamente às 23h23m. Maracanã, Vasco x Santos, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Diante de 65.157 espectadores, o juiz marca pênalti para o time santista. Pelé ajeita a bola e encara o goleiro Andrada – e mais do que desempata o jogo (estava 1 a 1). Era o seu milésimo.
Apito final, Pelé, cercado por repórteres, declara:
– Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas.
No vestiário, voltou ao assunto, não o gol número 1.000:
– Ajudemos às crianças desafortunadas, que precisam do pouco de quem tem muito.
E houve gente pelo Brasil afora que fez cara de desaprovação, achando que foi pura demagogia de Pelé.
O milésimo primeiro gol
Em 2005, surgia em Curitiba o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, uma unidade do Hospital Pequeno Príncipe voltada a pesquisas da área básica e clínica em doenças complexas da infância.
A criação do Instituto foi possível graças ao apoio do Atleta do Século, então XX, Edson Arantes do Nascimento, que ajudou a instituição a realizar um antigo sonho. Foi o milésimo primeiro gol do Rei.
O tempo passa e eis que, na edição desta semana, a revista Carta Capital registra: Pelé leiloa pedaços de sua glória. A Julien’s de Los Angeles, “a casa de leilão das estrelas”, oferece online Pelé: The Collection.
Entre os objetos, medalhas de três Copas, a bola do milésimo jogo (28 de janeiro de 1971, em Paramaribo, no Suriname, Santos x SV Transvaal), cópia da Jules Rimet, anel e camisa do NY Cosmos, o título juvenil do BAC e apetrechos da Seleção. A bola vale entre 10 mil e 20 mil dólares.
No final da matéria, temos: “Parte da renda Pelé decidiu destinar ao Hospital Pediátrico Pequeno Príncipe, de Curitiba”.
O milésimo segundo gol do cidadão Edson Arantes do Nascimento.
ENQUANTO ISSO…
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