Por supesto, bandalheira no futebol não é coisa de hoje. Assim, e com a podridão que vem à tona, talvez seja o caso de ver o lado bom do esporte. Folheando (mais uma vez) o livro Na Grande Área, de Armando Nogueira, professor Afronsius pinçou alguns comentários:
– … e Ulisses, viajante impenitente, foi despertado pelos gritos alegres de moças jogando bola.
Homero
– Lastimo profundamente pertencer a uma geração que sempre subestimou o esporte.
Aldous Huxley
– Depois de muitos anos em que o mundo me ofereceu tantos espetáculos, o que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações dos homens, devo-o ao futebol.
Albert Camus
E, do próprio Armando Nogueira, em 1966:
– Graças a Deus, vivemos em um país onde até as mulheres têm o gosto da bola.
De fato. De lá para cá, tivemos o futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004, onde o Brasil conquistou a medalha de prata; os Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, quando a seleção foi campeã e o vice-campeonato na Copa do Mundo de 2007, realizada na China. Antes, contamos com a Taça Brasil (de 1983 a 1993) e o Campeonato Nacional (de 1997 a 2001).
Outra grande conquista para a modalidade no país foi a realização do Campeonato Brasileiro em 2013, algo que não acontecia desde 2001. No ano passado, a competição voltou a acontecer. E, agora, Copa do Mundo de Futebol Feminino, na qual a Seleção Brasileira Feminina estreia nesta terça-feira, contra a Coreia do Sul, às 19 horas (20 horas de Brasília), no Estádio Olímpico de Montreal.
Nogueira estava certíssimo. Elas tomaram gosto e continuam indo em frente.
ENQUANTO ISSO…