Como ocorreu em 2008, por ocasião dos Jogos Olímpicos, Pequim voltou a dar um breque na circulação de veículos. Pelo menos 2 milhões de veículos saíram de circulação na segunda-feira, primeiro dia de restrições ao trânsito para “assegurar a qualidade do ar na cidade” durante a Cúpula da Cooperação Econômica Ásia/Pacífico.
Os automóveis – cerca de 5,5 milhões – circularão alternadamente, de acordo com o último número da placa: ontem, pararam os pares; hoje é a vez dos ímpares. Um dos efeitos da poluição é a acentuada queda no número de turistas. Ou seja, o que vale é o que afeta o bolso. Do governo.
Pelos indicadores oficiais, o ar em Pequim apresenta-se não raras vezes “altamente poluído”. A densidade de partículas PM2.5, “as menores e prontas a se infiltrar nos pulmões, excede muita vezes os 400 microgramas por metro cúbico, quinze vezes mais do que o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde”.
Como diz professor Afronsius, recorrendo a uma frase de para-choque de caminhão, “se o mundo fosse bom, o dono morava nele”.
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