– A sua família veio de onde, qual cidade?
– Porto.
– Ah! Porto. Belíssima cidade, eu conheço muito bem. Eu ia pescar lambari por aquelas bandas todo o feriado e fins de semana.
– Pescar lambari?
– É, quando não para comer um barreado e tomar umas cachaças.
– Barreado? Cachaça? Lambari?
– É. No Porto. Porto de Cima.
– Eu falei Porto, Cidade do Porto, Portugal…
Silêncio abissal no recinto.
Lembrando um certo Triângulo
O diálogo foi registrado, ou ouvido, no Bar VIP da Vila Piroquinha, muitas vezes, segundo Natureza Morta, um Triângulo das Bermudas, onde tudo pode acontecer. A começar pelo desaparecimento de coisas, navios, barcos e aviões, incluindo a régua do bom senso – para medir as palavras, o que vai ser dito numa conversa.
Personagens: um amigo do Rosbife, dono do distinto estabelecimento, aquele mesmo que o professor Afronsius, como diz o Beronha, “insiste em afirmar que só frequenta ocasionalmente todos os dias”, e um freguês. Notório pela verbosidade – e verborragia.
A família do amigo do Rosbife veio do Porto, cidade nas encostas do Rio Douro. Declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, pelos monumentos e edifícios históricos, a imponente Sé ou a Torre dos Clérigos. É a segunda maior cidade de Portugal. E lá encontramos também as caves do igualmente famoso e apreciado Vinho do Porto, na margem oposta do rio, em Vila Nova de Gaia.
Aproveitando, para encerrar, professor Afronsius mandou seu recado:
– Já Porto de Cima fica no município de Morretes, e também vale a pena visitar. Beleza de cenário, uma história muito rica. E conta com várias pousadas e locais para camping. São João da Graciosa é outra boa sugestão ao subir a serra. Tudo bom, bonito e barato.
ENQUANTO ISSO…