Como se sabe, há arquivos e arquivos. Os Arquivos Implacáveis de João Condé, os do fatídico SNI e os da (ainda) tenebrosa CIA. Sobre os últimos, graças ao Ato de Liberdade de Informação, lá dos EUA, vieram à luz coisas sinistras dos bastidores do golpe civil militar de 64. Devida e amplamente documentadas. A História agradece.
De top secret ao sebo
Em recente incursão a um sebo, em Curitiba, professor Afronsius resgatou uma revista que dedica edição especial aos 50 anos da redentora, como diria Stanislaw Ponte Preta.
Já tinha lido muita coisa a respeito dos bastidores da quartelada – principalmente livros, “livros à mão cheia” -, mas, desta vez, além de breve mas alentados textos, foi brindado com farta reprodução de documentos do Departamento de Estado, White House, CIA e outros órgãos afins. Liberados pelo Freedom Information Act (Ato de Liberdade de Informação).
Abaixo, um dos documentos, de 30 de março 64. O golpe em marcha nas Alterosas.
E, dos antecedentes do golpe com a Operação Brother Sam (ajuda envolvendo inclusive submarinos desbaratinados e, é claro, agora um vistoso porta-aviões singrando o Atlântico rumo Sul), chegamos à Operação Condor (1970, ação conjunta das ditaduras do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia) e ao ciclo dourado do revezamento dos generais presidentes.
Temos abaixo outro documento da Central Intelligence Agency, liberado em outubro de 1999.
Em tempo: trata-se de publicação da On Line Editora, que, por supuesto, pode ser adquirida pela internet.
– Bem mais fácil do que apelar para a sorte esperando encontrá-la num sebo, aconselhou o sortudo professor Afronsius, uma vez que ele, por sua vez, não abre mão de suas garimpagens em prateleiras não virtuais. – Trata-se até de uma questão de higiene mental.
ENQUANTO ISSO…
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