Do tempo do mictório público, da pharmacia, cigarro Saratoga, cachaça Pirassununga e do médico oculista, um velho amigo do professor Afronsius chegou feliz da vida para o dedo de prosa.
– Fui submetido, com inteiro sucesso, a uma sessão de fotocoagulação a laser. E não mais por um oculista, mas num centro oftalmológico. Suprema glória.
O difícil foi explicar para Beronha o que é o tal do raio laser.
– Lazer eu conheço. E adoro. Já esse tal de raio…
Professor Afronsius contou, então, que o tal do raio laser é formado por partículas de luz, ou seja, fótons, concentradas e emitidas em forma de um feixe contínuo. Para fazer isso, é preciso estimular os átomos de algum material a emitir fótons. Essa luz é canalizada com a ajuda de espelhos para formar um feixe.
– Isso pra mim é grego – reagiu nosso anti-herói de plantão.
– A tecnologia foi desenvolvida em 1960, pelo físico americano Theodore Maiman. Na ocasião, estimulou átomos de rubi a emitir luz concentrada. De lá para cá, o laser evoluiu e hoje é empregado em aparelhos caseiros, cirúrgicos, industriais, militares e espaciais. E ajudou a medir a distância entre a Terra e a Lua.
Para muitos, continua sendo coisa de ficção científica.
Já no uso industrial/militar…
ENQUANTO ISSO…