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Os (bravos) capacetes azuis

Por conta do furacão Matthew, a Força de Paz brasileira no Haiti continuará  enfrentando desafios. Houve quem ficasse surpreso ao saber da permanência dos militares brasileiros naquele país, pois a ida do primeiro contingente ocorreu há uma década – e por outro motivo, contribuir para a construção da paz.

Na época, o convite veio da Missão das Organizações das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). A intenção era também utilizar a engenharia brasileira. A Minustah terminaria agora, neste mês, no sábado. Terminaria.

Todo tipo de ajuda

A princípio, a retirada total das tropas ocorreria em meados de 2011. Porém, no dia 12 de janeiro daquele ano ocorreu um terremoto na capital Porto Príncipe, matando centenas de milhares de pessoas e deixando 1,5 milhão de haitiano ao desabrigo. Desde então, os capacetes azuis da ONU possibilitaram (também) a perfuração de 60 poços artesianos, a remoção de 9.577 metros cúbicos de escombros, a construção e reforma de mais de 230 instalações civis e militares, a limpeza de 9.250 m de valas, a produção de 360 milhões de litros de água potável, a reparação de 795.700 m2 de estradas e a execução de 486.561 m3 de terraplenagem, ações que ajudaram na melhoria da qualidade de vida da população. Escolas, orfanatos, hospitais, unidades de polícia e estradas compunham o legado dessa década.

A natureza, porém, foi mais forte e impôs o retorno dos desafios, prorrogando o permanência dos nossos capacetes azuis.

Viver é perigoso.

ENQUANTO ISSO…

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