Já que estamos no meio do baile, ou da enxurrada, abra espaço e se deixe levar. A recomendação é de Natureza Morta, depois de conferir nas ruas a campanha eleitoral e dar uma passada de olhos na lista de candidatos e no horário gratuito do TRE.
Quanto aos pretendentes a uma cadeira de vereador, contou com a ajuda de Beronha, que acompanhou o solitário da Vila Piroquinha na condição de “assessor especial para o que der e vier”.
Do Cascão ao Brancura Rinso
Segundo nosso anti-herói de plantão, no breve relatório de ocorrências, ou BO, como prefere, só faltou aparecer bordão do tipo “vote limpo, vote no Cascão”. Ou, “mãos limpas, vote em Brancura Rinso, auxiliar de cozinha da pastelaria da esquina”.
Mas ficou intrigado mesmo com o candidato Zé. “Zé da CIC”.
– Segundo o último censo do IBGE, há 173 mil habitantes na Cidade Industrial. Pelo menos 35 mil são chamados de Zé… Eu votaria no Zé da CIC se soubesse que é o Zé Q Boa, meu brother…
Fora isso, quanto aos carros de som, continua votando no sonho:
– É o sonho, freguesia, é o carro do sonho que está passando.
Não resiste ao sonho de marmelada.
Fazendo cara de paisagem
Mantendo um ritual diário, ler a coluna Caixa Zero, do jornalista Rogério Waldrigues Galindo (não se trata do velho atrasador de jornal…), o professor Afronsius concordou com a análise de ontem, sobre a caça ao voto do indeciso. A começar pelo título: “Vereadores fazem cara de paisagem”.
O colunista da Gazeta do Povo ressalta que o discurso de cada um varia de acordo com a necessidade:
– Alguns são velhos clássicos, verdadeiros chavões. O cara que nunca teve mandato diz que é preciso renovar. O sujeito que está na Câmara desde o século passado (literalmente) argumenta que a sua experiência é fundamental. “O meu trabalho você já conhece”, diz o bordão.
Ignorando o paquiderme na sala
A novidade agora, comenta Galindo (não o velho atrasador de jornal…), é que “os vereadores e mesmo os candidatos novatos precisam se posicionar sobre o maior escândalo da história recente da Câmara: o caso das verbas de publicidade que levou João Cláudio Derosso a perder um cargo e vários vereadores a ter de prestar explicações, inclusive desistindo da reeleição. O assunto é inescapável. Ou, pelo menos, deveria ser, já que é de renovar a Câmara que estamos falando”.
Na primeira aparição, “a maior parte dos vereadores simplesmente evitou falar do elefante colocado no meio da sala. No meio da Câmara. Mantiveram o discurso de sempre, como se nada tivesse ocorrido”.
Aí, você deixa de ser voto indeciso, acrescentou Natureza.
ENQUANTO ISSO…