Está na Revista de História da Biblioteca Nacional, tema de capa, os protestos e mais protestos. Aproveitando, professor Afronsius e Natureza Morta acrescentaram um protesto. O protesto deles:
– A revista, excelente, indispensável, tem chegado a Curitiba com atraso. A deste mês, por exemplo, só pintou nas bancas agora, no dia 8.
Lavrado o protesto, recomendaram a RHBN com entusiasmo. Beronha votou com o relator. Começando pelo anarquismo – “a liberdade na prática” -, bem como com a entrevista com o jornalista Zuenir Ventura, para quem, com a globalização e a informação em tempo real, “há informação demais, e elas viram ruído, e se hoje existe uma forma de censura, é a do mercado”.
Sem esquecer os vinténs
Na rubrica Quem diria…, assinada por Bruno Garcia, Rodrigo Elias e Vivi Fernandes de Lima, temos uma citação de Oscar Wilde, como a frase do mês:
– Os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia-idade suspeitam de tudo, os jovens sabem tudo.
Depois, também refrescando a memória, topamos com a chamada Revolta do Vintém. Foi em 1879. Diz a RHBN: “Não é de hoje que polícia e manifestantes se estranham pelas ruas das grandes cidades. Pedaços de madeira, pedras, garrafas e o que mais estivesse à mão eram arremessados no exército de operações da Rua Uruguaiana, no Rio de Janeiro, onde se armou uma barricada na Revolta do Vintém, em 1879. Na ocasião, pediam a diminuição da taxa de 20 réis cobrados sobre o transporte público. No fim das contas, os protestos terminaram reduzindo de fato a tarifa”.
Dos vinténs aos milhões
Sobre protestos e revoltas, voltamos à entrevista de Zuenir:
– A insatisfação e a indignação viram sentimentos cumulativos que, de repente, por uma gota d’água explodem. Os protestos de 68 começaram aqui em março, antes de Paris, com a morte do estudante (e militante de esquerda) Edson Luís. Mas foi a gota d’água que fez explodir o copo cheio de mágoa.
Pois é, sem conhecer – ou insistindo em não conhecer – a História, o xaxixo fica pior ainda. Afinal, como já disse um sábio anônimo, para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.
Por outra, na mesma linha:
– Só peixe morto segue a correnteza.
Pano rápido, hora de voltar à leitura.
ENQUANTO ISSO…
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