Até ontem, pelo menos 15 estados, além do Distrito Federal, decidiram adotar a chamada Lei Seca durante as eleições, neste domingo. É que, como não há lei nacional proibindo a venda de bebidas alcoólicas, a medida fica a critério da Secretaria de Segurança Pública de cada estado.
Santa Catarina, Acre, Espírito Santo, São Paulo, Sergipe e Pernambuco não proibiram a venda de bebidas no dia de votação, o que levou Beronha a comentar:
– Boa. Eu sempre quis transferir meu título para Florianópolis – comemorou nosso anti-herói de plantão.
Do voto biométrico ao bafômetro
Já Natureza Morta e professor Afronsius lembraram que a tal lei seca, enquanto não for adotado o bafômetro nas seções eleitorais, continuará levando dribles de muitos bebuns. Tem gente que, embora ache ser extremamente desconfortável “encher a cara em casa”, faz um estoque de bebidas na véspera da eleição. Outros recorrem a bares que, não perfeitamente camuflados, continuam faturando.
Caso do Bar do Juarez, no centro de Curitiba, que, infelizmente, encerrou suas atividades há mais de 10 anos.
– Não por falta de clientela, muito pelo contrário – segundo testemunho de vários fregueses de outrora, caso do Macarrão, do Palmito, do Barra Velha, do MC…
Mas, voltando à eleição, no dia da Lei Seca o boteco permanecia fechado. Era só chegar e, sem estardalhaço, dar três breves batidas na porta de aço e quase sussurrar a senha. A senha? Ah, hoje dá para revelar:
– Polícia… Fiscalização do TRE.
Quanto ao bafômetro nas seções eleitorais, merece ser pensado. Depois da grande inovação com o voto biométrico, por que não?
ENQUANTO ISSO…