A comentar que, além do cobiçadíssimo tesouro do pré-sal, o Brasil dispõe da maior mina de ouro a céu aberto do mundo, professor Afronsiu foi interrompido pelo Beronha:
– Já sei, fica em Itu.
– Não, fica no noroeste de Minas Gerais, em Paracatu, conhecida como Cidade do Ouro. E, segundo notícia da Agência Brasil, a mineração no chamado Morro do Ouro, liderada pela empresa canadense Kinross Gold Corporation, assusta moradores do pequeno município. Temem o risco de intoxicação por metais pesados liberados durante a extração do ouro.
Em 2006, a mineradora iniciou um projeto de expansão para elevar a capacidade de produção de 5 para 15 toneladas anuais até setembro de 2008. O projeto também previa para mais de 30 anos o tempo de vida útil da mina.
– É coisa que só caberia em Itu – insistiu nosso anti-herói de plantão.
Aí, a conversa mudou de rumo. Sobre Itu, interior de São Paulo, “onde tudo é grande”, ou mais maior do mundo, conforme Beronha, a coisa começou nos anos 1960, por obra e graça do humorista Francisco Flaviano de Almeida, o Simplício da TV.
Ovo de codorna tipo avestruz
Conforme a Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, foi atuando no programa A Praça da Alegria que o ituano Simplício ficou famoso interpretando um caipira recém-chegado à capital. Para ele, o ovo de codorna de Itu era do tamanho de um ovo de avestruz. A xícara de Itu poderia ser usada como capacete. Já a pulga de Itu, cabia numa gaiola – e parecia uma abelha. O cachorro-quente e o sorvete tinham meio metro de comprimento.
Mais: de tão grande, para percorrer um restaurante de Itu o sujeito era obrigado a usar motocicleta.
A origem, sem exageros
Em 1819, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire percorreu regiões do Brasil recolhendo espécies da flora, mais de 6 mil exemplares. E, no livro Viagem à Província de São Paulo e Resumos das Viagens ao Brasil, relata:
– As romãs dos arredores de Itu são as melhores de todo o país e as cebolas ali atingem extraordinário tamanho.
É, o Simplício estava certo.
ENQUANTO ISSO…
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