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Pé no freio, olho nos carros
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Já que congestionamento virou mais do que rotina no trânsito de Curitiba, onde a única possível corrida é contra o tempo, tempo para aprontar tudo para a Copa, havia quem, no compasso de espera, ficasse conferindo as placas de veículos. Chegou a ver AC – Rio Branco, que vem a ser a capital do Acre, e PB – Cabedelo. Nada contra, muito pelo contrário, todo mundo é bem-vindo. Com ou sem Copa.

Agora, curte os adesivos em automóveis.

Juntos – engarrafados no trânsito tornou-se o mais comum.

Há outros que merecem registro, conforme Natureza Morta, que, em matéria de passatempo, saltou das palavras cruzadas e charadas para a leitura dos recados acoplados na traseira dos carros.

Alguns:

Go fishing.

Beronha, nosso anti-herói de plantão, não entendeu, mas disse preferir aquele outro, Stressado? – vá pescar.

Voltando à breve lista de Natureza:

Vende-se eça coiza. 500 pila.

Não sou sanfoneiro, mas toco a noite toda.

Tua buzina não me helicopteriza!

A pior sexta-feira ainda é melhor do que a melhor segunda-feira.

Amor de mulher é REAL.

Duas palavras que abrem muitas portas: puxe e empurre.

Mas o recado que não entendeu foi um, sem texto, que se limitava a desenhos de uma família, mãos dadas: o homem, a mulher, duas crianças e um cachorro.

– Só que rasparam a primeira figura, a do maridão. Só ficaram visíveis o cocuruto e os pés. O que será que aconteceu?

– O maridão teve ter levado um pontapé no traseiro. Ou era um recado, algo preventivo – arriscou professor Afronsiu, voltando às palavras cruzadas.

ENQUANTO ISSO…

16 abril (2)

 

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