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Pelo fim do gol contra

No domingo, diante do Grêmio, o zagueiro Rafael Santos, do Atlético Paranaense, fez gol contra ao recuar a bola para o goleiro Márcio. Uma jogada irretocável, na opinião unânime dos gremistas, inclusive o Paulo, amigo de boteco do Beronha.
Mas, depois de roer a ponta dos dedos em mais uma partida (“as unhas já se foram”…), Natureza decidiu resolver o problema das tais lambanças (este ano já foram duas).
Segundo ele, num súbito ataque de bom humor (“mas logo passa”, frisou), basta um pouco de treinamento, treinamento específico, já que existe o treinamento de goleiro, isolado do time.

Fórmula mágica

Para Natureza, que foi olheiro do técnico Vicente Feola, ele mesmo, a ordem é nunca recuar a bola para o goleiro.
Basta fazer a zaga treinar e treinar com empenho para, em caso de necessidade, chutar a bola direto para escanteio.
– Mais vale ceder um escanteio (ou córner, como prefere o solitário da Vila Piroquinha, enquanto Beronha não desiste do “tiro esquinado”) do que dar um gol de mão beijada.
Outra sugestão para evitar o recuo de bola: o zagueiro pode juntar o esférico com as mãos. Ou segurar a bola e cair em cima, para evitar qualquer contratempo.
Como o escanteio, cobrança de infração perto da grande área é mais garantido do que endereçar a bola para o guapo. Afinal, o endereçamento pode ser completamente equivocado.
Isto posto, a outra sugestão é obrigar a Fifa a acabar com o gol contra, alegando que ele é feio (para quem o leva) e, portanto, um lance totalmente anti-esportivo. Além disso, depõe contra a linha de ataque do adversário: é tão ruim, tão inoperante, que só marca gol com a ajuda dos zagueiros contrários.
Baixada tal norma pela Fédération Internationale de Football Association, como prefere Natureza Morta, revoguem-se as disposições em contrário, como decretariam alguns vereadores e deputados.

ENQUANTO ISSO…


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