Como se dizia (antigamente), nesse mundo o mais bobo tira a meia sem tirar o sapato. E continua assim. Na revista Carta Capital da semana passada, a coluna Tecnologia, assinada por Felipe Marra Mendonça, destaca que “a vigilância constante mostrada em 1984 por George Orwell parece ter se tornado realidade”.
Por obra e graça da coreana Samsung, os televisores da nova linha SmartTV “podem captar a conversa que rola na sala de sua casa”, telespectador. É a tevê inteligente, que faz muito mais do que simplesmente aceitar comandos de voz. “Captura palavras que contiverem informações pessoais ou sensíveis, que serão retransmitidas para terceiros”.
O clima como arma de guerra
Já na edição desta semana, na rubrica QI/Ciência, temos na área climática a geoengenharia como arma de guerra: segundo TheObserver, a CIA descobriu o potencial militar das mudanças climáticas. E não é coisa de agora. Entre 1967 e 1968, por exemplo, com a “semeadura de nuvens”, a Operação Popeye dos EUA “fez as chuvas aumentarem em uma porcentagem estimada em 30% em partes do Vietnã, na tentativa de reduzir o movimento de soldados e recursos para o Vietnã do Sul”.
A escolha do Afonso Pena
Já por conta do tempo em Curitiba – e poderia ser diferente? -, professor Afronsius lembrou o caso do Aeroporto Afonso Pena.
– Quem fez a escolha da capital acertou na mosca, sabia onde pisava. Poder de antecipação. Um esconderijo perfeito.
Construído em 1944, o aeroporto era um aeródromo militar na então Colônia Afonso Pena, município de São José dos Pinhais. Segundo a Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, a iniciativa partiu do governo norte-americano. Uma decisão estratégica, por supuesto.
Com a Segunda Guerra Mundial ganhando corpo, o Afonso Pena serviria, caso fosse necessário, para despachar aviões das forças aliadas ao Atlântico Sul. Alvo: submarinos e navios da Alemanha nazista. Afinal, de que lado estava a Argentina?
Engenheiros militares americanos escolheram a região da Colônia Afonso Pena a dedo: a constante formação de névoa serviria de camuflagem natural contra qualquer ataque inimigo. Ou seja, hoje como ontem, ninguém dá ponto sem nó.
– Vendem computador, internet, e, é claro, programas antivírus… – completou professor Afronsius.
Viver é perigoso.
ENQUANTO ISSO…