Pescador de lambari, principalmente no Rio Verde, professor Afronsius ficou espantado ao descobrir que, agora, existe a pesca hit-tech. Está na coluna Prazer de Ponta, de Felipe Marra Mendonça, na Carta Capital:
– O FishHunter é um aparelho que se conecta a aparelhos munidos com o sistema iOS, como Iphones e iPods, e funciona como uma espécie de sonar para peixes. Ele se conecta via Bluetooth e facilita bem a pescaria. Preço – 200 dólares.
Do tempo do caniço e samburá e, quando muito, um repelente contra mosquitos (o Stopinga, inventado pelo Beronha, um derivado do Stopick), professor Afronsius recordou.
– No meu tempo, quando a pescaria fracassava, para se livrar da gozação dos amigos no bar e no trabalho (“se pegar alguma coisa, frito no dedo”), a gente passava na Peixaria Oceania. E chegava em casa com uma sacola cheia de lambaris. Já prontos para a frigideira.
Bem antes, porém, ao amanhecer, antes de partir, conferia as massinhas e coletava algumas minhocas no fundo do quintal:
– Para pegar bagre na boca da noite…
O Tio Duca, o Orlando Polaco Kissner e o Marquinho podem confirmar. Bons tempos, até porque Beronha levava um poderoso cantil. Cheio de cachaça. Ficava na água, cuidadosamente amarrado a um toco na barranca do rio. Temperatura ideal. Tudo sob controle. Tanto que, volta e meia, alguém berrava:
– Tragam o canntilll…
Mas quem ficava na água eram os caronas, previamente dispensados de dirigir. Pescaria também exige responsabilidade ao volante.
ENQUANTO ISSO…