Ligadíssimo em futebol, Flávio Stege Júnior, o underdog do Luzitano com Z, aproveitou a volta ao passado (Brasil x Uruguai, Copa de 50) para questionar um número – e restabelecer a verdade dos fatos. É recorrente o comentário de que Ghiggia, ao fazer o segundo gol, “calou 200 mil pessoas no Maracanã”. Nada disso, como se verá.
Conforme a Seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, não havia, efetivamente, 200 mil espectadores no Maraca:
– Oficialmente, conforme registros confiáveis, o estádio recebeu 199.854 pessoas naquele domingo 16 de julho de 1950. Mas, pagantes, quem meteu a mão no bolso e passou pelas roletas, somavam 173.850. O que levou, inclusive, o jornal O Globo a fazer um comentário – “até nas bilheterias o Brasil foi vice”.
E tem mais: os 6 jogos do Brasil foram responsáveis por 70% do total da renda proveniente da bilheteria. Dos 36,2 milhões de cruzeiros arrecadados, 25,7 milhões foram nas partidas da Seleção Brasileira. Já nas oito partidas disputadas em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife, “a média de público ficou em decepcionantes 9.600 espectadores”.
De 1950 a 1969
Ainda sobre público pagante: o maior no Maracanã seria registrado em 31 de agosto de 1969: 183.341 torcedores acompanharam a suada vitória de 1 a 0 sobre o Paraguai, gol de Pelé, garantindo a ida do Brasil para a Copa do México.
Entre clubes, o recorde de público fica com o Fla-Flu de 15 de dezembro de 1963: 177.020 espectadores, ainda segundo O Globo. Mas há controvérsia: segundo o site www.mengaodecoraçao.com.br seriam 177.656 pagantes. Mas, como 16.947 torcedores literalmente não compareceram ao guichê, o total foi de 194.603 pessoas, “recorde absoluto de público no Maracanã, e também da história do futebol mundial”. Para alegria de outro amigo, Aryzão, o Ary da Rosa.
ENQUANTO ISSO…
