Russos, quem diria, põem as barbas de molho. Como preservar segredos ante a espionagem estadunidense na internet e telefonia? A revista CartaCapital informa que o Serviço Federal de Proteção russo (FSOL), responsável pela segurança do governo, tem (ou encontrou) uma solução:
– Encomendou 20 máquinas de escrever para processar e arquivar em papel as informações mais delicadas, além de usar conexões telefônicas analógicas à prova de escuta. A FSB (ex-KGB) e o Ministério da Defesa recorrem à mesma tecnologia.
Natureza Morta, pronto para colaborar com o governo brasileiro:
– Minha Olivetti Lettera Studio 44 está à disposição…
Não só as paredes têm ouvidos
Sobre escutas e escutas, alguns registros de Beronha, nosso anti-herói de plantão e, “ocasionalmente todos os dias” no Bar VIP da Vila Piroquinha.
Um cliente despede-se de outro e ouve o que quase sempre:
– Bom descanso.
Bom descanso? O quase indigitado cidadão nunca trabalhou na vida. E continua no mesmo tranco.
Outra:
– Tô indo! – faz duas horas que um outro cliente está no boteco. E a patroa ligando seguidamente.
Tem ainda outras (possíveis) gravações:
– Acabei de chegar à farmácia – diz o sujeito ao adentrar ao Bar VIP.
– Segredo! Não espalhe… Se o Obama ficar sabendo, tô frito.
Enfim, o grampo ideal
Alguns comentários paralelos.
– Fale baixo, fale baixinho… Se as paredes têm ouvidos, imagine as paredes da Casa Branca.
– Inventei um grampo genial! Serve para qualquer varal e tipo de roupa…
– Alô? É da Casa Branca? Fujam que a polícia já sabe de tudo!
– Eu sou um fiasco total. Nada do que eu falo tem alguma relevância… Sinto-me um vice-treco de coisa nenhuma.
– Estou fazendo um curso de inglês por correspondência. Para facilitar a vida dos arapongas de lá de cima…
Professor Afronsius, Natureza Morta e Beronha encerram o bate-papo:
– Se viver é perigoso, agora até cochichar virou uma ameaça.
ENQUANTO ISSO…