Aturdido com o noticiário futebolístico da BBII (briosa, brava e indormida imprensa) quanto a contratações impactantes, Beronha recorreu ao professor Afronsius e Natureza Morta. Não tanto pelas contratações firmadas, mas pelo festival de especulações sobre.
– De fato. São tantas que dá para falar miríade.
– Miríade é craque ou time de futebol? – espantou-se nosso anti-herói de plantão.
– Nem uma coisa nem outra.
– Pior ainda, então.
De técnico a jogador
É que Beronha, por incrível que possa parecer, teve uma ideia. Já que a ordem é impressionar os torcedores menos informados, pretendia encaminhar uma sugestão à diretoria do Jabuca, o “meu time de estimação”, como diz:
– Na impossibilidade de ter Falcão, que tal ir de Pintassilgo?
– Quem?
Como igualmente acompanha os campeonatos europeus, o professor Afronsius matou a charada de bate-pronto:
– Jogador do Moreirense, campeonato português. Até que leva jeito, o gajo.
“Contratação” bilionária
Ainda sobre famosos e transações milionárias, Natureza botou Gérard Depardieu na jogada.
– Como certos jogadores, ele não tem bandeira, é um apátrida por vocação.
Para não ser taxado (taxado de taxa) como rico pelo governo francês, preferiu ser tachado (receber pecha) de unha de fome e debandou para a Rússia.
Nos “Blogs do Além”, de Vitor Knijnk, edição desta semana da revista CartaCapital, Stalin festeja a debandada do ator. Depois de sugerir que Putin nomeie Depardieu ministro da Cultura, faz uma exigência. Para obter o passaporte de capa vermelha, o ator deve atuar na refilmagem de grandes sucessos.
Por conta disso, comemora, teremos “Cyrano da Bielorússia” e, é claro, “Asteriski e Obeliski”…
Em tempo, interveio professor Afronsius:
– O ator é dono de restaurantes e vinhedos na Europa e na Argentina e tem em Paris um palacete de 1,8 mil metros quadrados. Coitadinho.
– Com tanta grana vai se preocupar com imposto de renda? – concordou Beronha, algo revoltado.
ENQUANTO ISSO…