Companheiro de priscas eras, do tempo do “Trem das Onze”, do Adoniran Barbosa, o jornalista e escritor Nilson Monteiro enviou um convite:
– Meu amigo, renovo hoje o convite que já lhe fiz: não perca este trem.
O lançamento do “Mugido de Trem” será nesta segunda-feira, dia 5, a partir das 19 horas, no Museu Oscar Niemeyer.
Um grande abraço.
Nilson
Natureza Morta, professor Afronsius e Beronha já estão prontos para o embarque no Pátio das Esculturas do MON. E embarque no livro.
O Maracanã de cada um
“Mugido de Trem” é um lançamento da Editora Banquinho, 204 páginas, R$ 35. Como destacou o jornalista Ricardo Marques de Medeiros, em matéria no Caderno G, dia 28 de julho, um dos pontos mais fortes é o capítulo 16, em Nilson relata as emoções de uma briga de galo. “Apesar de proibida, reúne pobres e ricos. É a disputa de classe reunida em torno de uma rinha, quando um pobre agricultor desafia o fazendeiro rico”.
– Monteiro narra a disputa de classe reunida em torno de uma rinha, quando o galo de Modesto, agricultor que tem a sabedoria de identificar e criar uma ave campeã, enfrenta o animal do fazendeiro rico.
E prossegue:
– A construção deixa o leitor preso. O galo cinza do fazendeiro é maior, mas o galo preto de Modesto vem de uma linhagem de vencedores. O embate é sangrento.
Nilson explica que “o resultado da briga era o menos importante. Eu quis mostrar a brutalidade das pessoas, a questão de classe. Na minha cidade, a rinha de galo era o Maracanã”.
Nos caminhos e descaminhos
Ainda do escritor, agora no papo com Dante Mendonça, na Tribuna, sobre o porquê do título do livro:
– É um trem que percorre os caminhos da alma brasileira, levando e trazendo sentimentos, os conflitos e a dicotomia rural/urbana.
Sobre Londrina, se é a estação de chegada ou a estação de partida, diz:
– É uma estação. Há outras tantas. A de partida talvez tenha sido a de minha cidadezinha natal, Presidente Bernardes. A de Londrina tem o visgo da paixão.
Portanto, sem apito do trem e o badalar do sino da velha estação, prepare-se para uma viagem que vale a pena. Até porque não fica (apenas) no papel.
ENQUANTO ISSO…
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