Um século de samba. A propósito, a Agência Brasil, em matéria do jornalista Paulo Virgílio, nos remete a 1916, à gravação de Pelo Telefone, de autoria do Donga, o músico e compositor carioca Ernesto dos Santos. E o samba, inevitável, acabou reconhecido mundialmente como o gênero musical mais característico do Brasil.
Na terça-feira, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro deu início à série Um Século de Samba, com produção e apresentação do radialista Adelzon Alves.
Em formato de breves programas com várias edições diárias, a série, que vai até dezembro, é exibida nas demais emissoras EBC (Empresa Brasil de Comunicação): MEC AM Rio, Nacional Brasília, Nacional Amazônia e Nacional Alto Solimões – e distribuída para mais de três mil rádios de todo o país pela Radioagência Nacional.
Origem do samba
A seleção de sambas do século preparada por Adelzon, sempre com a análise da importância da composição e de seu autor, pode ser ouvida em sete edições diárias – 1h00, 2h00, 7h30, 11h04, 14h04, 18h04 e 22h10. Ainda por conta da Agência Brasil:
– O enfoque é o compositor, os grandes compositores desde o nascedouro do samba na Praça Onze, explica Adelzon. Com suas raízes no samba – um ritmo religioso angolano trazido ao Brasil pelos escravos –, o samba também descende do lundu e floresceu no ambiente urbano da zona portuária do Rio de Janeiro, então centro político e econômico do país.
A notícia, repassada pelo professor Afronsius, levou Beronha a intervir no papo – papo compartilhado também por Natureza Morta:
– Espero que toquem Piston de Gafieira. E na voz de Moreira da Silva.
Diante do espanto de Natureza e do professor Afronsius, nosso anti-herói de plantão não deixou por menos – e começou a cantar (em homenagem também ao tio Duca):
– Na gafieira segue o baile calmamente
Com muita gente dando volta no salão
Tudo vai bem, mais eis porém que de repente
Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão
Não é que o Doca, um crioulo comportado,
Ficou tarado quando viu a Dagmar
Toda soltinha dentro de um vestido saco,
Tendo ao lado um cara fraco, e foi tirá-la pra dançar
O moço era faixa preta simplesmente
E fez o Doca rebolar sem bambolê
A porta fecha enquanto dura o vai não vai
Quem está fora não entra,
Quem está dentro não sai
Mas a orquestra sempre toma providência
Tocando alto pra polícia não manjar
E nessa altura como parte da rotina
O piston tira a surdina
E põe as coisas no lugar.
—
Nosso anti-herói de plantão (para não dar bandeira) mereceu discretos aplausos e, então, fez questão de acrescentar: Billy Blanco é o compositor do samba.
ENQUANTO ISSO…
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