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Cada um com a sua mania. Há quem goste de observar as placas dos veículos – “uma maneira de conhecer o Brasil sem sair de Curitiba” -, caso de um amigo do professor Afronsius. Recentemente, dando uma banda pelo Juvevê, um fusquinha amarelo chamou a sua atenção. Primeiro, por ainda ostentar grande forma, um fusca 66. Depois, pela placa: Ivaté – PR.

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– Você conhece Ivaté?

De origem tupi

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Trata-se de um município a 644 quilômetros da capital, com uma população estimada, em 2010, de 7.473 habitantes. O gentílico: ivateense. Fica no Noroeste, vizinho a Douradina, Maria Helena e Icaraíma. Umuarama é a maior cidade nos arredores.

Ivaté vem do tupi: fruta verdadeira. Junção de ybá (fruta) e eté (verdadeiro).

A ocupação do seu território foi bancada pela Companhia Brasileira de Imigração e Colonização, que oferecia condições especiais para a aquisição de terras pelos migrantes, em sua maioria vindos de estados do Norte do Brasil. Quando chegaram, encontraram aldeias de caigangues, zoras e xetás, que, por supuesto, dançaram. O município foi criado em 1989, pela Lei Estadual 8. 970, de 2 de março, e instalado no dia 1º de janeiro de 1993, desmembrado de Umuarama.

Fim de um ciclo

Segundo o IBGE, a evolução populacional de Ivaté sofreu um baque. Seguia a economia cafeeira da região e, assim, até a década de 70, mesmo antes de se tornar município, a população passava de 10 mil habitantes. A partir de 70, quando o café começou a ser erradicado, dando lugar à pecuária, o emprego despencou, e a população diminuiu significativamente: município passou a ter apenas 6.932 habitantes (censo de 2000), com a minoria ainda residindo na área rural.

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Aproveitando, o hino de Ivaté, de autoria de Sebastião Lima e José Carlos Pereira:

Junto ao vale, tão formoso

A clareira se fez dominar

E surgiu no rincão grandioso

Ivaté, que eu sempre hei de amar.

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Já nasceste fadada ao sucesso

Com teu povo, capaz varonil.

Construindo feliz teu progresso

Para orgulho do nosso Brasil

(Estribilho)

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Ivaté águas cantantes

Berço augusto de paz e esplendor

Tuas planícies, verdejantes.

Sintetizam o vigor

Deste solo, alvissareiro.

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Onde a amora, o café, o algodão.

Te transformam num celeiro

De riquezas da nação

No horizonte a mais bela imagem

E o fascínio dos canaviais

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A pecuária enriquece a paisagem

Destas glebas colossais.

Ivaté és um marco de glória

E hás de ser sempre o meu bem querer

Tens o nome inserido na história

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Sou teu filho e por ti vou viver.

ENQUANTO ISSO…