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Tempo quente. Em 1955

Já que todo mundo continua de olho nos termômetros, professor Afronsius foi buscar na Revista de História da Biblioteca Nacional, setembro de 2012, um caso de tempo quente. E não foi no longo e tenebroso inverno da ditadura civil-militar de 64, conforme Brasil: almanaque de cultura popular, de Elifas Andreato e João Rocha Rodrigues, citado pela RHBN.

Questão de 4 graus

Deu-se em 1955. Estreia do filme Rio, 40 Graus, do então iniciante Nelson Pereira dos Santos.

– O problema é que a produção desagradava às autoridades por abordar temas um tanto delicados, como a desigualdade social. O chefe de polícia do Rio de Janeiro, coronel Geraldo de Menezes Cortes, não hesitou e mandou proibir o filme. Seu argumento: “Até o título do filme é mentiroso!” De acordo com o anuário meteorológico – argumentava o militar -, nunca havia feito 40ºC no Rio de Janeiro, “o máximo era de 39,6”. A proibição acabou saindo pela culatra, e o filme recebeu imensa publicidade nos meses seguintes, com o jornal Diário Carioca defendendo sua liberação. Nelson diria mais tarde:

– O filme e eu só ficamos famosos por causa do chefe de polícia. Ele foi um grande divulgador.

Título da nota publicada na rubrica Almanaque, da RHBN: Rio, 39,6 graus.

Em tempo, a pedido de Natureza Morta:

– Além de dirigir o filme, Nelson Pereira dos Santos era o autor da história. No elenco, Ana Beatriz, Modesto de Souza, Glauce Rocha, Roberto Batalin, Cláudia Moreno e Jece Valadão.

Músicas: A Voz do Morro, Relíquias do Rio Antigo, Poeta dos Negros e Leviana.

Participação das escolas de samba Portela e Unidos do Cabuçu.

Só por isso já valia ver – e vale até hoje.

ENQUANTO ISSO…

26 julho

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