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Não que seja fanático torcedor do Furacão (“meu primeiro time continua sendo o Jabaquara, o querido Jabuca”), o professor Afronsius trouxe para o dedo de prosa a pesquisa do Portal Globo Esportes.com, em parceria com a Revista Monet, sobre as torcidas mais temidas do Brasil. A do Atlético Paranaense desponta em quinto lugar.
Natureza Morta, que tem o Bangu como segundo time, achou interessante, mas quis saber exatamente o que, no caso em epígrafe, significaria temida.
– Pelo Aurélio, o adjetivo temido é o que causa medo, assustador. Já temor, substantivo, é ato ou efeito de temer; sentimento de reverência ou de respeito.
– Ah, menos mal… Eu, inclusive, ao contrário de certos políticos, tenho medo que me pélo do Supremo Tribunal Federal. Em função da reverência e respeito à Lei.

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Coringão lidera

De volta à pesquisa, e para alegria do amigo Oscar Aranha, temos que a torcida do Corinthians puxa o cordão, seguida dos torcedores do Flamengo, Sport e Grêmio. Foram entrevistados jogadores de vários clubes do país, para saber “peculiaridades e a opinião dos atletas em vários aspectos”.
Pelo ranking, o Corinthians tem 42,5%; Flamengo, 12,6%; Sport, 6%; Grêmio, 4,2%, e o Atleticón, 3,3%; outros (menos de 1%), 31,4%. Seis torcidas da Série A não foram citadas: Coritiba, Cruzeiro, Figueirense, Náutico, Portuguesa e Vasco não receberam votos.
– Pelo menos nesse campo estamos bem, quase imbatíveis – comentou Beronha, nosso anti-herói de plantão.

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Olha a Guarda Civil

Já o solitário da Vila Piroquinha aproveitou para lembrar os velhos tempos em que atuava na terceira Divisão de Amadores, em Curitiba, vestindo a camisa do Santa Rita FC, da (então) Vila Hauer.
– Tempos bicudos. Bicudos e de bicudas. Os campos não eram cercados, ou seja, era bafo na nuca direto. Não havia policiamento. Mas, entre os mais temidos, pela qualidade do futebol, eram o Vila Hauer, o Vila Fany e o simpático Tupinambá, do Boqueirão. Sem esquecer o Vila Pinto, mas este por outro motivo.
Contou, então, que o Vila Pinto tinha vários jogadores que eram da Guarda Civil.
– Quando o time perdia, não raras vezes aparecia uma viatura da polícia para aplicar um corretivo no árbitro e nos bandeirinhas.
– E vocês, o que faziam?
– Juntava as roupas do vestiário rapidinho e, mais rapidinho ainda, pegava as bicicletas e pé na estrada, de volta para casa.
– É, e como as partidas eram disputadas aos domingos, à noite, antes da sessão do Cine Oásis, lá na então vila, a gente comentava como tinha sido o sufoco. Um empate já era vitória de goleada – completou Beronha, um mero espectador. Daqueles que ficavam junto à barraquinha do alto-falante, onde havia cerveja.
Cerveja “gelada” num barril cortado ao meio e com barras de gelo.
– Bons tempos. Bons?

ENQUANTO ISSO…