A queixa não é de hoje: a escassez de grandes craques no futebol. E, agora, endossada por alguns catedráticos que invocam as duas últimas partidas do Messi, aquele naufrágio. E recorrem ao passado recente. Vai daí que, numa conversa de boteco, alguém citou Stanislaw Ponte Preta, que, em 1966, numa nota em sua coluna (então no jornal Última Hora) comentava as notícias da semana. Uma delas:
– Um telegrama de Brasília diz que um senador apresentou requerimento de informações a propósito da montagem de uma usina de peletização associada à Cia. Siderúrgica. Nesse pedido o senador frisa que “nem sequer se escreveu a história de Volta Redonda e já vemos esse empreendimento ameaçado pela cobiça dos grupos financeiros”. O diabo é que o telegrama não diz qual foi o senador que apresentou o requerimento e, muito menos, explica que qui é “peletização”.
É preciso saber, porque, se for uma usina de fabricar Pelés, nós todos somos a favor.
Professor Afronsius, que a tudo assistia (e ouvia), não resistiu, quebrando seu mutismo:
– É, Sérgio Porto, a fina flor dos Ponte Preta. E que falta ele nos faz nos dias de hoje.
E fez questão de um em tempo: o texto consta do livro A Revista do Lalau, “uma seleção de raridades, textos dispersos e inéditos de Sérgio Porto, o homem que inventou Stanislaw Ponte Preta e o país do Febeapá”, Agir Editora, 2008. Antologia organizada por Luís Pimentel.
ENQUANTO ISSO…
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