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Já foi dito e repetido, sem contestação aceitável mesmo longe da beirada do balcão, que bar é cultura. De fato. Tanto que a instituição boteco marca presença, olhem só, na edição deste mês da nobre Revista de História da (insigne) Biblioteca Nacional.
Além de mostrar os porres homéricos dos holandeses, quando da invasão (1624), na matéria “Chopada em Pernambuco”, assinada por João Azevedo Fernandes, a revista da BN abre espaço para o que titulou de “Chope oficial”, em texto de Mauro Bias.

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Críticas ao “chope oficial”

É que prefeitura do Rio colocou 14 bares numa lista. Não é lista negra, mas de patrimônio cultural – para valorizar ambiente histórico. Não se trata de tombamento, mas de uma indicação que muda o status do bar. O chamado “chope oficial”, no entanto, causa polêmica.
Há até antropólogo criticando a medida, apontando o risco de “morte da essência”. Para Paulo Thiago de Mello, o que caracteriza o botequim não é o bar em si, “mas as relações que existem lá dentro”.
Cita o caso do antigo Veloso, que virou Garota de Ipanema e, referência para a boemia carioca nos anos 1950/1960, tornou-se “bar de turista”.

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Bar unido jamais será vencido

Defende o antropólogo que melhor seria oferecer condições para o bom funcionamento dos bares, “se possível reduzindo os custos para as casas”.
Aí, no caso curitibano, não seria preciso nem reduzir os custos, mas, sim, os prejuízos, garantindo que a logística da Ambev passe a funcionar, assegurando a entrega da cerveja nas datas certas. Sem a repetitiva desculpa, no televendas:
– Não posso fazer nada. Não posso fazer nada. Não posso fazer nada…
O Flávio Stege Júnior, o nosso underdog, dona Terezinha e a vasta e eclética clientela – de atleticanos, coxas, paranistas e sem time – do cinquentenário Bar Luzitano (com Z) agradeceriam.
Mais um assunto para levar à mesa. De um bar, é claro.

ENQUANTO ISSO…