Em tempos cada vez mais internéticos e quetais, talvez pouca gente venha a endossar a queixa do professor Afronsius, que não abre mão da leitura – em papel.
– A edição de setembro da Revista de História da Biblioteca Nacional só pintou nas bancas de Curitiba no final do mês. Ou seja, quando eu já aguardava a edição seguinte, de número 121. Sem ter a 120. Em todo caso, valeu a pena esperar. Ou fazer plantão na banquinha mais próxima.
Freud, a outra face
O tema de capa da RHBN é a educação (“Tudo sob controle?”). As matérias vão da “guerra aos índios e expansão colonial” aos “80 anos da meia-entrada estudantil”, com direito ao lado pouco conhecido de Sigmund Freud, um, quem diria, apaixonado por arqueologia. Tanto que possuía uma grande coleção de antiguidades. Mais de 2 mil peças. Antiquíssimas.
Esclarece Marcus Acquaviva, professor aposentado da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, em São Paulo, que Freud “costumava dizer que o trabalho dos arqueólogos se assemelha ao do psicanalista: ambos empenhados em descobrir algo entranhado no passado”.
E o Paraná? Nota zero
Na Carta do Editor, Rodrigo Elias destaca, entre outros “atentados aos profissionais da educação”, que, “neste ano, no dia 29 de abril, a Polícia Militar paranaense reprimiu duramente uma manifestação de professores, usando bombas de gás, balas de borracha e mesmo cães”. Como se a PM agisse por conta própria.
E frisa:
– Agressões a professores e outros profissionais da área não são novidade entre nós, bem como o descolamento entre os discursos correntes e as reais atitudes em relação ao tema.
Já o Dossiê Educação, assinado pelos professores Luciano Mendes de Faria Filho, Carla Simone Chamon e Marcilaine Soares Inácio, destaca:
– Desde a Independência, educação é a solução para civilizar o país, desde que permaneçam todos em seu lugar.
Ainda na RHBN, temos o mestre Paulo Freire, para quem a pedagogia “prima pela autonomia do educando na construção dos saberes”.
ENQUANTO ISSO…