De volta a Goiana, o município do litoral de Pernambuco, que, às vezes, lembra Goiânia. Entre outros fatos históricos de Goiana, temos a Epopeia das Heroínas de Tejucupapo. No início de 1645, os invasores holandeses, tangidos pela Insurreição Pernambucana liderada por André Vidal de Negreiros, trataram de se abrigar no Forte Orange, em Itamaracá. Sitiados pelos brasileiros, logo ficaram sem alimentos. Com a fome e a umidade do local, veio o terrível escorbuto, doença causada pela falta de vitamina C no organismo.
A única saída, para eles, os invasores: ir até a Vila de Tejucupapo, em Goiana, onde os cajueiros eram popularmente utilizados como remédio para a doença. Comandados pelo almiranete Lichthant, cerca de 600 holandeses partiram – pelo mar. Os cem homens que viviam em Tejucupapo montaram uma trincheira.
Resultado: 23 holandeses foram mortos. Diante da superioridade holandesa, Maria Camarão, de crucifixo em punho, percorreu a vila convocando as mulheres a pegar em armas e ajudar os homens na luta contra as tropas inimigas. No dia 24 de abril de 1646, munidas de paus, pedras, panelas, pimenta e água fervente, as mulheres de Tejucupapo venceram os holandeses. A Igreja de São Lourenço de Tejucupapo é hoje patrimônio histórico de Pernambuco.
O episódio entrou para a história do Brasil como uma das poucas batalhas com a participação coletiva de mulheres. Mas, um país um tanto quanto sem memória…
ENQUANTO ISSO…
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