Antes de mais nada gostaria de dizer que não considero nem remotamente qualquer um dos meus rabiscos “arte”. São imagens – que condensam humor e traço e alguma crítica.
A maioria desses desenhos foi publicada na Gazeta do Povo – versão impressa. Vocês podem olhar esses rabiscos e pensar “isso é fácil de fazer”. De fato, os desenhos são fáceis de fazer. O difícil é tentar ser criativo, original, espirituoso, atraente, razoavelmente perspicaz, com algum senso crítico e, mais do que tudo: dar uma ideia do que é o texto sem, no entanto, entregar para o leitor uma imagem que acabe por resumir tudo o que o jornalista ou o cronista passou horas escrevendo. Por mais que chamem esses desenhos de ilustração, o que menos quero é fazer um desenho “ilustrativo”.
Tento sempre fazer algo que não tenha desenhado antes e isso faz com que eu passe mais tempo rabiscando uma ideia do que elaborando um desenho mais bem acabado. Mesmo porque, quando tento fazer um desenho mais sério e “acabado”, fica uma grande porcaria. A espontaneidade, para mim, É a minha única técnica.
Por mais que eu desenhe todos os dias, várias horas por dia, se eu ficar um final de semana sem desenhar, parece que desaprendi tudo e voltei a ser o garoto que ficava em casa desenhando em cadernos na mesa da cozinha. O braço fica engessado, as ideias enroscam em clichês e macetes manjados, amasso várias e várias folhas de papel. Dá um desespero.
Desenhar é um processo constante que não desliga nunca. Se você não está na prancheta gastando a mão, está alimentando o cérebro com informações e ideias o tempo todo. Se um dos dois deixa de acontecer, o trabalho fica… sei lá, manco.
E quando não estou desenhando ou inflando minha cachola com filmes ou livros – muitos deles duvidosos, claro – fico olhando para as ilustrações tentando ver o que podia melhorar ou deixar de fazer. Aí atualizo o blog.
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